Confiram esse novo quadro para reanimar o Blog!
E ai galera, aqui quem fala é o... Não, pera... Aqui é o Kaos, olha eu de volta aqui novamente depois de um tempão sem postar algo em nossa página principal. Bom, para quem não sabe, eu deixei o Blog inativo por esse longo tempo pois eu busco trazer novos redatores experientes para falar sobre o Card Game aqui, porém essa busca anda bastante complicada e por isso resolvi trazer conteúdo novo por parte de mim mesmo (não que eu seja alguém experiente ou coisa do tipo).
Hoje na verdade vou trazer uma coisa diferente (eu acho), estou criando um quadro que tem como objetivo dar espaço para conhecer e até mesmo saber alguns pensamentos de jogadores experientes e pessoas que ajudam no crescimento do Yu-Gi-Oh! aqui no Brasil. São entrevistas feitas por mim com perguntas elaboradas pela pequena equipe da Yu-Gi-Hoje! e colaboradores.
Para inicio, decidi começar com um jogador que possivelmente muita gente já conhece, é um cara gente fina que vem conquistando ótimos resultados em torneios há algum tempo, possui um canal no Youtube onde divulga suas analises e teorias, já teve um Blog e tem um time de Yu-Gi-Oh! que leva seu "nome", todos já sabem de quem estou falando, só ler o título da postagem. Paulo "PRRJ" gastou um pedaço de seu tempo para nos responder algumas perguntas e nós agradecemos por isso.
Confiram a entrevista abaixo, começando por...
- Quem é o PRRJ? Fale um pouco sobre você.
Meu nome é Paulo Roberto, tenho 25 anos e moro no Rio de Janeiro.
- Por que você começou a jogar Yu-Gi-Oh!? E quando foi?
Eu comecei a jogar em 2005 por incentivo de amigos. Na época eu jogava Counter-Striker e foi um dos meus amigos de jogo que me mostrou o Yu-Gi-Oh!.
- O que o Yu-Gi-Oh! te proporciona?
Eu gosto muito de competição. Acredito que seja um dos aspectos que mais me atrai no jogo.
- Gostava ou ainda gosta do Anime/Mangá Yu-Gi-Oh!? Se sim, qual seu personagem favorito?
Por incrível que pareça, eu nunca vi o desenho. Devo ter visto uns 10 episódios na minha vida inteira haha. Realmente nunca me interessou muito. Eu comecei a jogar sabendo da existência do desenho, mas com zero interesse em acompanhar. Nunca fui um cara de anime e tal.
- Você tem algum arquétipo favorito? (Não necessariamente um dos ligados ao meta atual)
Tem vários, mas eu gostei muito de Inzektor e X-Saber. Ah, e Goat Control também.
- Como você define Metagame?
Metagame é como o ambiente competitivo se comporta. Essas variações se dão por vários motivos como, coleções novas, hypes, se algum jogador usou alguma carta diferente... É só isso. Sempre está em transformação.
- Você já se inspirou em outros jogadores para se tornar o que é hoje? Quais?
Muitos de vocês não devem nem conhecer, mas lá nos primórdios do Yu-Gi-Oh! eu gostava muito de acompanhar o Kris Perovic, Matt Peddle e os irmãos Bellido.
- Qual foi o ano que você considerou mais importante/legal em todo esse tempo de jogo?
Cada ano teve momentos legais. Gostei bastante da temporada 2011/2012 já que tive resultados muito bons nesse período. Sem contar que foi nessa mesma época que eu comecei com o blog de Yu-Gi-Oh!, então foi um ano bem legal.
Nossa, são tantos jogos nesses anos todos que fica difícil de escolher. Uma partida que eu me lembro agora foi a final de um torneio grande (200 pessoas) de HotYugioh em 2009. Na época do Tele-Dad e tal. Foi a minha primeira grande vitória.
- Quando você joga partidas importantes em torneios, você sente nervosismo? Ansiedade? O que você sente?
Lá no ínicio eu ficava nervoso sim. Hoje em dia é bem mais raro. São muitos anos competindo e você acaba se acostumando a pressão de partidas importantes.
- Além de muito treino e player skill você vem conseguindo bons resultados, tem algo mais na sua receita de sucesso?
Informação. Por isso é importante estar sempre atualizado no que está acontecendo no mundo já que, normalmente, isso reflete aqui de alguma forma.
- Você já pensou em parar de jogar?
Uma ou outra vez, mas eu gosto bastante do jogo. Não vejo por que parar no momento.
- Qual a sua maior frustração como jogador de Yu-Gi-Oh!?
Não é uma frustração, mas eu ainda quero jogar um YCS nos EUA/Europa. Deve ser muito maneiro jogar um torneio de mais de 1000 pessoas. haha
- Quantas matchs você joga até resolver mudar uma build? (Geralmente)
Não existe um número certo. Quanto mais, melhor.
- O que você acha que falta para que o Yu-Gi-Oh! brasileiro chame mais atenção do Mundo e da Konami? Acha que falta alguma coisa para os jogadores brasileiros?
Eu acho que falta que o jogo seja levado com mais seriedade. É claro que a intenção de todo mundo é a diversão, mas jogo nenhum no mundo consegue crescer, e se manter, se não existir um cenário competitivo forte e que se sustente.
- No seu ponto de vista sincero, existe um preconceito por parte dos jogadores competitivos experientes aos jogadores mais novos?
Em alguns casos, sim. E isso é um completo absurdo. O jogo precisa de renovação e entrada de jogadores o tempo inteiro. Na medida do possível, eu tento ajudar as pessoas que são mais inexperientes. Alias, isso foi um dos grandes motivos de eu começar o blog, que depois virou página no Facebook e canal no Youtube. Já que assim conseguiria atingir um número maior de pessoas.
- Pra você, qual a importância da existência desses diversos ‘’times’’ de Yu-Gi-Oh! espalhados pelo Brasil?
É muito importante. A organização do cenário competitivo é uma das melhores coisas que pode acontecer no jogo. Os times fazem com que o nível nacional melhore como um todo e os jogadores fiquem mais fortes em níveis continentais. Eu sempre incentivo isso.
- A PRRJ Team é formada apenas por seus amigos, certo? Se uma determinada pessoa quiser, mas não for do seu circulo, não existe a menor chance de ela fazer parte?
Todos os componentes são meus amigos, mas isso não era um pré-requisito. Eu já tive experiência de times no passado e o que eu aprendi é que times com muitas pessoas não dão certo. Não existe nenhum processo de seleção ou coisa parecida. Nós realmente decidimos quando há alguma necessidade nossa por um componente novo. O time não é exclusivo aos meus amigos.
- Em sua opinião, qual a importância dos torneios da ARG no cenário atual? O valor pode ser comparado a um YCS?
Eu acho MUITO importante. É a luz no fim do túnel. O fato de ser um torneio muito mais divulgado em relação a informação como stream e tal, já bota ele em outro patamar. Sem contar as premiação que são MUITO melhores que de YCS.
- Eu acho que o OCG já teve um importância enorme, mas isso vem diminuindo demais nós últimos anos devidos as TCG e OCG exclusivas que mudam demais o jogo. Sem contar as listas completamente diferentes. Praticamente outro jogo.
- Como você enxerga a problemática do valor das cartas de Yu-Gi-Oh! no Brasil?
É realmente muito complicado. O que realmente atrapalha são os impostos e, nas circustâncias atuais, não a muito o que fazer sobre. O material em PT deu uma ajudada e ele precisa ser MUITO enaltecido. O termômetro da Konami é ele. Existem muitas pessoas que não gostam de carta em PT e isso precisa mudar urgentemente.
- Pra você, qual a importância das plataformas online de Yu-Gi-Oh!?
Muito importante. O Dueling Network foi uma das melhores coisas que já aconteceu no Yu-Gi-Oh! pois você consegue jogar com pessoas do mundo todo.
- Por que desistiu do seu Blog?
Eu achei que vídeos eram bem mais fáceis de serem feitos por mim e assimilados pelas pessoas que assistem. Acho que foi uma boa medida.
- Você é um jogador de longa data, pra você qual o deck mais absurdo na história do Yu-Gi-Oh! até hoje?
Entre Dragon Ruler e Frog FTK.
- Sendo sincero, você já usou de seu conhecimento para tirar vantagem de forma errada ("roubando") de seus oponentes inexperientes?
Não. Eu acho isso muito errado e tira totalmente o mérito que você tem em ganhar um jogo.
- Quem seriam os cinco melhores jogadores brasileiros em sua opinião? (Pode se considerar nesse grupo)
Eu não vou me atrever a responder isso não hahahaha. Seria até injusto, já que eu basicamente só conheço mais jogadores do eixo RJ-SP.
- O que você achou da adição das cartas Pendulum ao jogo?
Mais uma mecânica, como milhões de outras que ainda vão surgir. Acho natural que o jogo crie coisas novas.
- Você logicamente deve conferir noticias sobre Yu-Gi-Oh! na internet, mas você acompanha páginas brasileiras ou prefere olhar páginas internacionais?
Normalmente e vejo mais as páginas de fora, mas acredito que é muito importante existirem páginas com conteúdo em português sim.
- Com um metagame formado por Burning Abyss, Qliphort e Nekroz, quais seriam as melhores cartas de side e floodgates?
Isso é bem abrangente. haha Mas nada que difere muito do que a gente já vem vendo. Vanity Emptines e Maxx "C" para Nekroz/Burning Abyss e S/T removal contra Qliphort.
Com certeza. Eu já bati na trave algumas vezes hahaha. Realmente o sistema de classificação para o Mundial é uma coisa muito ingrata. Você tem uma chance no ano e precisa GANHAR o torneio. E tem 5 rodadas de mata-mata. Mais uma coisa que a Konami teria que mudar totalmente.
- Se você pudesse pedir algo diretamente a Konami, o que seria?
Meu Deus, são tantas coisas HAHA Acho que a principal seria aceitar que o público cresceu e que o jogo precisa ser levado mais a sério. O Yu-Gi-Oh! competitivo está muito atrás de Card Games como Magic. Até Hearthstone que tem 1 ano e pouco de vida já tem um cenário competitivo muito mais forte que o Yu-Gi-Oh!.
- Pra você, jogador bom é aquele que...?
Que não acha que está certo sempre.
- Em sua opinião, qual o pior perfil de jogador?
Que acha que está certo sempre. haha
- Quem você indicaria para a próxima entrevista?
Acho que o André Nogueira da Duel Shop. Já que ele vem fazendo um trabalho legal com torneios há alguns anos.
Bom galera, essa foi a entrevista. Eu sei que esqueci de perguntar o porquê dele sempre estar usando camisa de clubes de futebol em torneios, entre outras perguntas ai... Mas enfim, agradeço ao Paulo pela entrevista e peço desculpas por ter esquecido de pedir autorização para postar essas fotos que encontrei na internet, acho que não se importará com isso. Se tudo der certo, caso ele queira participar do nosso quadro, o próximo entrevistado será André Nogueira, sugestão de Paulo, que se não me engano, é o responsável pela loja Duel Shop em Sâo Paulo.
Agora gostaria de saber, o que vocês acharam da entrevista? O que perguntariam para o "PRRJ"? Sem exageros, claro. Sugestões de perguntas para o próximo? Quem vocês gostariam de ver em futuras entrevistas? Sugiram...
A Yu-Gi-Hoje! deseja sucesso ao Paulo e que venham mais ótimos resultados. Para quem não conhece o Canal e a Página dele só clicar em: Canal e Página do Facebook. Confiram!
É isso, muito obrigado a todos pela leitura, abraços e até a próxima.
Felipe Leonel (Kaos)